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Sou alguém que se indigna com as injustiças e luta por um mundo sem exploração e com igualdade de condições entre os seres humanos.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

NOTA À CATEGORIA - Comissão Nacional de Assistentes Sociais da FENASPS

Companheiras/os de lutas !

Diante de uma conjuntura que, nos últimos anos, mas principalmente neste momento, vem se aprofundando com o desmonte dos direitos sociais e ataques à classe trabalhadora, principalmente a partir da PEC 241 e, tendo em vista os últimos acontecimentos relacionados ao Serviço Social e a Reabilitação Profissional na Previdência, a Comissão Nacional de Assistentes Sociais da FENASPS reuniu-se, em caráter emergencial, no dia 09/10/2016, em Brasília, para traçar estratégias de enfrentamento ao desafiante contexto atual.



É sabido que vivemos tempos difíceis dentro do INSS, onde impera a supremacia político-ideológica de setores da perícia médica que, em nome de interesses corporativos, estabelecem todo tipo de negociatas junto ao atual governo. Comandando a DIRSAT, e ao preço de se tornarem carreira de Estado, tal como já acontece com a procuradoria hoje, as falsas lideranças da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) vendem os direitos da classe trabalhadora e buscam, a todo o custo, promover o desmonte do Serviço Social e da Reabilitação Profissional do INSS.

Privatizar a Reabilitação, esvaziar o Serviço Social e encaminhar esta força de trabalho, que hoje atua nestes serviços, para atividades que não compõem o rol de atribuições destes trabalhadores, fazem parte do acordão que envolve a ANMP e o governo. A ideia é privatizar a previdência social e suprir a falta destes servidores e, diante da aposentadoria em massa prevista para os próximos anos na instituição, com as terceirizações e a extinção ou repasse destes serviços previdenciários para a iniciativa privada (CNI, FIESP etc.). Tal proposta acompanha, inclusive, a mesma lógica que estrutura a PEC 241.

Perante o cenário que se desenha, em que a realidade nos cobra respostas imediatas, a Comissão Nacional conclama a categoria para a luta e propõe:

 Articular em todas as gerências executivas ações de socialização de informações com a população, denunciando o desmonte da seguridade social, em especial, a reforma da previdência, a forma equivocada de revisão dos BILDs e o esvaziamento do Serviço Social e Reabilitação Profissional;

 Retomar o contato com os movimentos sociais e demais organizações da classe trabalhadora para pensar estratégias coletivas de resistência e luta,  propondo a radicalização e ações coordenadas de ocupação das agências, superintendências e direção central do INSS, mobilizando para a greve geral;

 Denunciar em todos os espaços de organização e instâncias de luta, o estabelecimento do "ato médico" dentro do INSS, comandado pela ANMP; 

 Buscar os conselhos de direitos, de âmbito municipal e estadual, para expor as ameaças postas à previdência social, ao modelo social da avaliação da pessoa com deficiência, o aumento da idade para concessão benefícios para idosos e a redução no valor do BPC, solicitando o apoio e a manifestação pública destes espaços e a construção coletiva da resistência a tais retrocessos; 

 Articulação junto ao conjunto CFESS/CRESS e aos sindicatos, para criar GTs de Previdência dentro das comissões de seguridade social dos conselhos e debater as especificidades do Serviço Social e da Reabilitação Profissional nas entidades sindicais; 

 Intensificar a participação nos espaços de luta coletiva, especialmente por meio da filiação e militância junto aos sindicatos. Entendemos que uma categoria que não consegue se reconhecer enquanto parte integrante do conjunto da classe trabalhadora e lutar por seus direitos, tampouco conseguirá fazê-lo pela população usuária que atende cotidianamente;

  Fortalecer a organização estadual, que foi retomada com a preparação do I Encontro Nacional de Assistentes Sociais, realizado entre os dias 09 e 10 de julho deste ano, em Brasília, trazendo as/os colegas que atuam na reabilitação profissional para o debate em torno do desmonte dos serviços previdenciários;

  Fortalecer a paralisação do dia 25 de outubro e engendrar esforços para a construção da greve geral. A única alternativa para barrar o desmonte é a unificação, fortalecimento e luta da classe trabalhadora! 

NENHUM DIREITO A MENOS! SÓ A LUTA MUDA A VIDA! 

Brasília-DF, 09 de outubro de 2016. 
Comissão Nacional de Assistentes Sociais da FENASPS 

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